As viúvas da impressora fiscal

Que a obrigatoriedade da impressora fiscal foi o grande motor do crescimento do mercado de automação comercial no Brasil ninguém tem dúvidas. Os pontos positivos da ECF eram muitos e fáceis de enxergar.

Automação comercial no Brasil

  • Adesão obrigatória e passível de multa para quem não usasse;
  • Alta margem na venda e na prestação de serviços;
  • Gerava oportunidades para venda de outros equipamentos complementares, como leitores de código de barras, micros, gavetas e outros, além do software de automação comercial;
  • Tornava o processo de venda da revenda mais simples, já que o contador do cliente normalmente indicava e não havia muita democracia para escolha: aquela que o revendedor tivesse em estoque o cliente normalmente levava.

Burocracia e fiscalização

Com tanta burocracia e fiscalização criou-se uma espécie de “reserva de mercado” em que poucas empresas se estimulavam a vender e o mercado ficou por muitos anos nas mãos das revendas de automação comercial.

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Estas revendas, acreditando que o SEFAZ nunca mexeria em um mecanismo de fiscalização tão consolidado, acabaram por acomodar-se comercialmente, desenvolvendo poucas estratégias de vendas e trabalhando sempre de forma passiva, esperando que a demanda chegasse através de indicações de contadores parceiros e outros.

As viúvas da impressora fiscal

E é essa passividade das revendas que produz as viúvas da impressora fiscal.

É claro e evidente que o negócio da revenda não está fácil. As margens dos equipamentos caíram absurdamente. Além disso, praticamente não vale a pena mais consertar equipamentos, gerando impacto direto no faturamento de serviços.

Mas reclamar disso e reclamar do FISCO não vai adiantar nada. A ECF acabou e temos que superar isso, seguir em frente… Mas afinal de contas o que é seguir em frente?

Em primeiro lugar é preciso entender que se o seu diferencial era ser um bom lacrador de impressoras fiscais você então não tinha diferencial nenhum amigão. Pelo menos não para ser uma empresa de tecnologia. Você foi um bom “despachante”. Sem dúvidas há valor nisso mas não serve para muita coisa nos dias de hoje.

Reconstruir sua revenda

Agora, se você entende que seu valor nunca esteve na sua velocidade para lacrar máquinas ou no volume de ECFs que você vendia e sim no serviço que você presta, é por aí que você deve começar a reconstruir sua revenda.

O pequeno varejista precisa de um parceiro que responda as dúvidas que ele tem no menor prazo possível e que esteja sempre pronto para atende-lo quando necessitar. O cliente compra isso sim e se você não está sabendo valorar isso direito é porque seu discurso de vendas não é bom.

E se seu discurso de vendas não é bom amigo, então está na hora de muda-lo.

Mas eu não me sinto confortável para isso, não quero me adaptar a nada diferente.

Então continue a ser uma viúva da impressora fiscal e veja sua empresa acabar aos poucos enquanto você só reclama.

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