O que o empresário pode aprender com os moradores da Costa da Lagoa

Semana passada estive de férias em Florianópolis com minha esposa. Confesso que adoro a cidade. Já estive por lá algumas vezes e ainda faltavam praias a conhecer. Pesquisando na Internet, vários sites recomendaram a Costa da Lagoa como local a ser visitado. Nem pensamos duas vezes: colocamos na programação e fomos até lá.

Chegar a Costa da Lagoa é fácil. Existem saídas pela Lagoa da Conceição (45 minutos de barco) ou pelo Rio Vermelho próximo ao Projeto Tamar (10 minutos de barco). A travessia ida e volta custa R$ 15,00 por pessoa.

Mas, a pergunta importante: o que é a Costa da Lagoa? Dentro da Ilha de Florianópolis há uma lagoa bem grande chamada Lagoa da Conceição. De um lado da mesma há estradas, avenidas, bairros inteiros, etc. Do outro lado, mata atlântica quase intacta. Acontece que em um pedaço desse lado mais bucólico (minha esposa adora essa palavra, kkk) há um povoado de mais ou menos 1.600 pessoas, que vivem basicamente de pesca e turismo.

Ah, então o que tem de especial nesse lugar? Bom, primeiro são 23 piers, cada um deles abastecido por um restaurante diferente. Você desce do barco e é recebido com muita educação por alguém de um dos restaurantes. Ele te explica o que serve, como a comida é feita, que os peixes usados são todos frescos (da pesca direto para a panela) e te fala da cachoeira, da feirinha de artesanatos e de outras atrações do povoado. E fecha assim: fique a vontade para conhecer nossas atrações e volte para almoçar quando quiser. Como assim??? Você não quer garantir o cliente agora? Pensei. Mas seguimos o conselho e fomos conhecer a vila.

O local é bastante simples, com casas pequenas que cortam a montanha. Entretanto, a limpeza do local impressiona: ruas limpas, plantas bem aparadas, casas bem feitas e pessoas educadas te cumprimentam para todo o lado. É nítido que vivem com pouco mas isso não significa viver mal ou em um ambiente ruim. Passeamos por todo o lado e conhecemos a cachoeira (linda) e toda a vila. Na volta, fomos abordados por uma senhora que nos apresentou seu restaurante. Após a apresentação dissemos que havíamos assumido o compromisso de almoçar no Lagoa Bonita. Ela nos disse o seguinte: fiquem a vontade. Lá serão muito bem atendidos também.

Chegamos no restaurante e almoçamos uma comida maravilhosa. Depois do almoço, descansamos no local da foto acima (sim, isso faz parte do restaurante). Pedi um café e o mesmo levou 20 minutos para vir. Claro, passaram o café na hora para mim. Quando cansamos de descansar o rapaz ligou para o pier e mandaram o barco nos levar de volta.

Entre a ligação e o barco resolvi bater papo com o rapaz do restaurante, com o Post já em mente para publicar aqui: pergunto a ele se sempre morou na Costa e o que ele acha de viver lá. Ele me disse: sou nascido e criado aqui. Não tenho vontade de morar em outro local. Aqui, somos todos uma família. Uns ajudam os outros. Temos consciência de que, se cada um fizer a sua parte, a vila prospera. Caso não, teremos problemas. Faço uma afirmação: vocês tem a consciência de que, quando o turista desce do barco, ele tem que ser muito bem atendido pois, a primeira impressão vai determinar a qualidade do passeio que ele terá. Recebo a seguinte resposta: aqui, sabemos que temos que atender todos com prazer. Só assim o turista indicará para outras pessoas. O boca a boca é nosso maior marketing.

Não precisa dizer mais nada não é? Apenas recomendo a todos que conheçam. É surpreendente.

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